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terça-feira, 30 de novembro de 2010

ANANÁS (Ananas sativo, Lindl)


O Ananás, para alguns autores é uma variedade de abacaxi, geneticamente desconhecido, apenas se diferencia no formato. Onde o ananás tem a forma cilindro-arredondado, o abacaxi é cilindrico-conico na extremidade. Tem sabor menos acentuado e botanicamente é espécie tipo planta acaule. Para os autores Eurico Teixeira em FRUTAS DO BRASIL e Renato Braga em PLANTAS DO NORDESTE o ananás e o abacaxi são parecidos, mais inconfundíveis.
Para esses autores, o Abacaxi, tem polpa macia, doce-acidulada, muito aromática e saborosa, contrasta com a do Ananás, que mais é áspera e ácida, de sabor e perfume menos acentuados.
Com sinônimos botânicos de Ananas sativus Schult, var. pyramidalis Bert., Ananas pyramidalis Mill., Bromelia Ananas L. var. pyramidalis Arr. Cam., da família das Bromeliáceas, variedade de ananás, geneticamente de formação obscura, e geograficamente brasileira.
Felisberto Camargo, pesquisador da família das Bromeliáceas, dividiu as variedades de Ananas sativus em três grupos distintos de variedades numerosas, quer puras ou híbridas.
a) – Variedades cujos sincarpos aumentam de volume com a maturação. Sincarpo comestível, rico de suco. Folhas sem espinhos ou quase inermes;
b) – Variedades cujos sincarpos aumentam de volume com a maturação. Sincarpo comestível. Folhas
com espinhos;
c) – Variedades ou formas cujos sincarpos não aumentam de volume com a maturação. Os sincarpos não são comestíveis. Folhas com espinhos ou sem espinhos. Formas ancestrais mal estudadas.
O gênero Ananas é numeroso e merece atenção para os que pesquisam as variedades, algumas consideradas como não comestíveis, apenas como ornamental.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Amora (Morus sp)


Quando nos referimos as amoras, esta pequenina fruta, que mais parecem "caixinhos de uvas", que para alguns, são todas iguais, devemos ficar atentos quanto sua taxonomia, pois,  além de complexas, exige atenção na hora da denominação cientifica. A dúvida é comum para quem não estuda ou não dá a devida importancia a sua classificação botanica. Parecem todas iguais, no entanto, não é, diferem as ordens, familías, generos e espécies (incluindo especiés hibridas). Os nomes comuns (populares), também são importantes, nos ajuda a ter atenção na C.C, inclusive, nos orienta a descobrir (pesquisar) a origem de cada espécie e familia botanica. Uma curiosidade é a do genero Rubus, considerada como "praga" nas Ilhas Galápagos, que foi introduzida e compromete a existência de outras plantas.

As do Genero Rubus,(familia Rosaceae ), incluem as framboesas.

As do Genero Morus (familia Moraceae), com mais de 150 espécies. nativas das regiões temperadas e subtropicais da Ásia, África e América do Norte, sendo que a maioria são asiática.

As do Genero Maclura, são as que tem maior complexidade taxonomica e poucas referencias. Alguns pesquisadores afirmam que a Maclura, são compostos por 11 espécies com distribuição exclusivamente tropical. Três espécies ocorrem na América, desde os Estados Unidos até a Argentina, sendo que no Brasil ocorrem apenas M. tinctoria e M. brasiliensis (Carvalho 2003). M. tinctoria apresenta ampla distribuição Neotropical (Lachance et al. 2001), no Brasil, ocorre desde a região Amazônica até o sul do país (Carvalho 2003).

As Amora branca e Amora preta

Família Moraceae:
Maclura tinctoria, nativa do Brasil, também chamada taiúva;
Morus alba, (brancas) nativa da China;
Morus nigra, (pretas) nativa da China e Japão.

Família Rosaceae:
Rubus erythrocladus, nativa do Brasil. Também chamada amora-verde ou amora-do-mato;
Rubus sellowii, nativa do Brasil. Tambám chamada amora-do-mato.


Amora vermelha

Rubus rosifolius, sendo essa da Família Rosaceae, apresentando caracteristica de arbusto ou sub-arbusto, nativa do Brasil. Também chamada de morango-silvestre

sábado, 30 de outubro de 2010

AMENDOA (Prunus amygdalu)



Foto 1 (flores)
foto 2 - futos secos
Quando se fala de amêndoa, automaticamente nos ocorre na lembrança, umas das iguarias das festas natalinas, aquelas conforme mostra as fotos 1, 2 e 3 (Prunus amygdalu) ou árvores de folhas caducas que são comuns em áreas urbanas (praças públicas, ruas ou nos quintais de residências). No entanto, devemos conhece-las e diferenciá-las, as que conhecemos aqui no Brasil, segundo alguns estudiosos, foi introduzida no inicio do século XX é uma espécie rústica e de rápido crescimento e amplamente utilizada para fins ornamentais (Francis, 1989) e medicinais (Ficarra, 1997; Thomson & Evans, 2006), de produção de madeira, em reflorestamento, recuperação de áreas degradadas, arborização urbana e rural (Meneses et al., 2003; Angel et al., 2003). A que chamamos de amendoeira comum é a Terminalia catappa L., pertencente à família Combretaceae, (foto 4 e 5) que tambem é conhecida popularmente como amendoeira-da-índia, chapéu-de-sol, guarda-sol, sombreiro, amendoeira-da-praia, castanhola, castanholeira e sete-copas. Ocorre em estado nativo em algumas ilhas da costa da Índia e da Malásia, na orla marítima até bem próximo do mar, em ambientes arenosos e salinos de restingas e de praias. Presentes em quase todas as regiões tropicais do planeta.
foto 3 (frutos)
A amendoa Prunus amygdalus Batsch é da Família Rosaceae, é originária das regiões quentes e áridas do Oeste da Ásia, sendo levada, provavelmente, para a Grécia e Norte da África durante a época pré-histórica. Alguns autores, porém, consideram o Norte da África como local de origem desta espécie. Bastante semelhante ao pessegueiro (Genero Prunus), porém, em geral, apresenta maior porte em tronco mais grosso; são um pouco mais curtas e de um verde mais claro; as flores são róseas claras e o fruto é oblongo, comprido e de um verde acinzentado. A parte comestível é a semente (amêndoa) que são classificadas em duas categorias: doces (Prunus amygdalu var. dulcis) e amarga (Prunus amygdalu var. amara). As amêndoas doces são a variedade comestível. Têm uma forma oval, uma textura normalmente maleável e um sabor amanteigado. Estão disponíveis no mercado ainda dentro da casca ou a casca retirada. Não há descrição dessa variedade cultivada comercialmente no Brasil, não foram, inclusive, encontradas descrições de outras cultivares.

Fotos 4 e 5 (Terminalia catappa L)

 Foto 4 - futo
Foto 5 - flores








domingo, 26 de setembro de 2010

AMEIXA (Prunus domestica, L.)


Subgenero: Prunus
Européias: Prunus domestica, L.
Asiáticas Prunus salicina, Lindl.
Conhecida e cultivada por mais de 20 séculos e com mais de 2.000 espécies catalogadas, a ameixeira tem sua origem, segundo alguns autores, o sul do Cáucaso. Do subgênero Prunus, da família botânica das Rosaceaes (a que pertencem também a cerejeira e o pessegueiro) essa fruta tem algumas variedades tão antiga que ainda hoje tem fama, como a espécie verde batizada de “Rainha Claudia”, que todos apreciavam na época (1515/1524), então a homenagem a Claudia da França, filha de Luís XII e primeira esposa de Francisco I. Histórias a parte, a Ameixa com a classificação botânica de acordo com sua origem: as européias Prunus domestica L. e as asiáticas Prunus salicina Lindl. A espécie japonesa, na verdade tem origem na China.
As ameixeiras japonesas e européias aclimataram-se ao solo brasileiro, exceto os solos úmidos, e são tolerantes a altas temperaturas, tais como as variedades: Giant, Kelsey paulista, Burbank, Santa Rosa, Formosa e Wickson e muitas outras aclimatadas.
Há variedades da família das Olacáceas mais que não são do genero Prunus, denominada Ameixeiras do Brasil (Ximenia americana Linn.), também chamas ameixas da Bahia, do Pará ou ameixa de espinhos, que além de apreciada pelo sabor adstringentes, era utilizada como madeira fácil de trabalhar.
Outras também conhecidas, tais como: Ameixeira brava (Ximenia coriácea Engl.), Ameixeira do cabo (Carissima grandiflora DC.), essa trazida para o Brasil, por volta de 1936 (Estado do Ceará) e também a Ameixeira de Madagascar (Flacourtia Ramontchi, L’Hér).
No Japão é muito usado o "umeboshi", que é a ameixa salgada em conserva. A Califórnia é a principal região produtora de ameixa. Na América do Sul, os maiores produtores são a Argentina e o Chile. As da família das Rosáceas, a ameixa, tem cores variadas, as roxa-escura, vilácea, vermelha ou amarela, é carnosa e suculenta, e seu caroço é quase liso.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AKEE (Blighia sapida)

Família: Sapindaceae
Muito além de sua beleza, o Akee (Blighia sapida) tem uma característica importante para se saber: não é comestível em sua totalidade, sendo extremamente venenoso no interior (arilo carnudo) da fruta. Nativa das áreas tropicais da África Ocidental, com cores que podem ter tonalidade vermelha, amarela e alaranjado. Quando maduro apresenta uma semelhança com o Guaraná do Brasil (Paullinia cupana), a diferença está na exposição da semente, que lembram olhos, o Akee tem “três ou quatro olhos”, e o guaraná tem “um olho”. Introduzida na Jamaica, levado por navios negreiros, provavelmente em meados do ano de 1793 pelo capitão William Bligh, e a partir daí, pode ter surgido mais duas outras espécies do gênero Blighia, ambos da África tropical, que são B. unijugata, que tem folhas comestíveis, e B. welwitschii, que tem usos medicinais. Segundo alguns autores, sua popularidade e consumo, tornaram-se uma das principais características das várias cozinhas do Caribe, e é também cultivada em áreas tropicais e subtropicais no resto do mundo. Cultivada esporadicamente ao longo dos trópicos e comercialmente no Brasil como fruta exótica.
Uma curiosidade sobre o Akee foi à proibição de importação para os Estados Unidos entre os anos de1973 a 2000.
Composição nutricional por 100 g de frutas: 18,8g  de Gordura, 8,8g  de Proteína, 98 mg  de Fósforo , 0,5mg de Ferro  mg, 3,7 mg  de Niacina  e  65 mg Vitamina C. 
 Também chamado de "Ackee", algumas variedades apresentam "três olhos"
.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

ACEROLA (Malpighia glaba L.)

(Var.) Sin. Bot. (M. emarginata D.C)

A aceroleira é originária das Antilhas e cultivada em escala comercial em Porto Rico, Havaí e Jamaica. Fruta atrativa pelo seu sabor agradável e destaca-se por seu reconhecido valor nutricional. No Brasil, há relatos que a introdução da fruta, foi a partir do inicio do século XX, no estado de Pernambuco.
O cultivo de acerolas, nos últimos anos, teve um forte crescimento, sendo hoje uma importante cultura, principalmente para a economia da região Nordeste, assim como um impulso para a agroindústria de polpa de frutas congeladas. Com suas variedades, cerca de 40 espécies, encontra-se presente nas residências de área urbana de todo o país. Sua popularidade é devida as suas propriedades, estudos indicam a concentração de vitaminas A, B1 (tiamina), B2 (riboflavina), B3 (niacina), cálcio, fósforo, ferro e principalmente vitamina C, que em algumas variedades, chega a ser de até 5 000 miligramas por 100 gramas de polpa. Este valor chega a ser cem vezes superior ao da laranja ou dez vezes ao da goiaba. Muito rústica e resistente, se espalhou facilmente por várias áreas tropicais, subtropicais e até semi-áridas. A acerola, quando madura, tem uma variação de cores que vai do vermelho ao vinho, passando pelo um tom alaranjado.
Parecida com a pitanga, à área de cultivado no Brasil é estimado em cerca de 10.000 ha, sua importância econômica é objeto de estudos por nutrólogos e outros estudiosos da fruticultura.

Vejam nos links abaixo, informações importantes sobre a fruta:

Disponível para downlord: http://www.ufpel.tche.br/faem/agrociencia/v12n4/artigo02.pdf

Disponível para consulta: http://www.ceplac.gov.br/radar/acerola.htm

sábado, 4 de setembro de 2010

AÇAÍ (Euterpe oleracea, Mart.)


(Euterpe oleracea Mart.)
Família: Arecaceae

Fruta que mereceu atenção pelos nutrólogos a partir da década de 1980, tendo em vista o seu alto teor nutritivo. Originária da Amazônia, especificamente próximos as várzeas da região, expandindo-se para a Venezuela, Colômbia, Equador, Guianas, como em Trinidad e Tobago e nas bacias do Pacífico.
Palmeira muito semelhante à espécie juçara (Euterpe edulis, Mart.) originária da Mata Atlântica, como diferença entre as espécies, é que a juçara tem somente um caule, mas os açaís crescem em touceiras de 4 a 8 estipes (troncos de palmeira) e podendo chegar até uns 20 metros em algumas regiões ou introduzidas no plantio de sistema agroflorestais. Da palmeira, tudo se aproveita: os frutos (alimento e artesanato), as folhas (coberturas de casas, trançados), a estipe (ripas de telhado) e das raízes, segundo estudos, sendo utilizado como vermífugo e remédio anti-hemorrágico e palmito que não é muito apreciado de algumas cultivares.
Popularizou-se pelo país como alimento, aumentou sua importância na dieta da população brasileira, mais seu consumo, remonta segundo alguns autores, aos tempos pré-colombianos. Hoje em dia é cultivado não só na região Amazônica, mas em outros estados, sendo introduzido no resto do mercado nacional durante os anos noventa.
Algumas espécies conhecidas possuem algumas características, tais como:
Açaí-chumbo (Euterpe molissíma, Barb. Rodr.) ou (E. caatinga, Spruce.), com estipes delgadas e isoladas. Os frutos não são aproveitados, pois oferece bom palmito;
Açaí-mirim (Euterpe japapuensis, Barb. Rodr.), os frutos pode ser utilizados na produção de vinhos;
Açaí-pardo (Euterpe badiocarpa, Barb. Rodr.), muito comum nas florestas, as estipes são flexíveis e isolados, o fruto é maior entre as espécies, muito saboroso, é utilizado na indústria de refrigerantes.
Na cultura popular, o nome açaí, vem do tupi, que significa fruta que chora.
Consumido na forma de bebidas, doces, geléias e sorvetes. O fruto é colhido subindo-se na palmeira com o auxílio de um trançado de folha amarrado aos pés. A forma tradicional pelos povos da Amazônia e de tomar o açaí gelado com farinha de mandioca ou tapioca. Há quem prefira fazer um pirão com farinha e comer com peixe assado.
Atualmente, o açaí é de grande importância para a sua região de cultivo em virtude de sua utilização constante por grande parte da população, principalmente os ribeirinhos. Nas condições atuais de produção e comercialização, a obtenção de dados exatos é quase impossível, devido à falta de controle nas vendas, bem como à inexistência de uma produção racionalizada, uma vez que a matéria-prima consumida se apóia simplesmente no extrativismo e comercialização direta.



quinta-feira, 2 de setembro de 2010

ACAÇU (var,)

Sua madeira foi muito apreciada no inicio do século XX para uso em segmentos da construção civil, para fornos e obras internas, além de se prestar ao fabrico de tamancos, compensados, caixotaria e palitos de fósforo.
Com seu látex venenoso, esta árvore era bastante utilizada e apreciada pela farmacopéia vegetal da época, sendo recomendada pelos que defendiam o uso como medicamentoso vegetal, neste caso em tratamentos de erupções purulentas, oftalmia, urinas abundantes. Durante algum tempo o Açacu era considerado como capaz de curar a hanseníase. Como terapêutico os resultados foram negativos e o uso abandonado. Nativo da Amazônia, o látex venenoso é usado para matar peixes em pesca fluvial.
A taxonomia vegetal é complexa, pois a família Polygonaceae possui cerca de 40 gêneros, com mais de 800 espécies distribuídas nas regiões tropicais, temperadas e subtropicais (Barroso et al. 1978). No Brasil sete gêneros têm ocorrência espontânea, sendo Coccoloba o mais representativo, com 44 espécies (Howard 1961).
Não há referencia ou citações sobre o cultivo em pomares, nem tão pouco a apreciação do fruto para consumo por ser tóxico, se não a comercialização de mudas, em pequena escala, utilizada em reflorestamento, no que é feito por poucos especialistas ou botânicos.
Conhecido com vários nomes populares, o Acaçu oferece perigo o seu consumo, pois os gênero e famílias se confundem: Areeiro, Assacuzeiro, Ussacu, Caçacu, Guaçacu, arvore-do-diabo, catauá, entre outros. Com esses nomes populares e todos se confundem com os: Gêneros Hura pertencente à família Euphorbiaceae e Coccoloba que é um gênero de árvores da família Polygonaceae.

Não divulgaremos foto ilustrativa, pois não há fonte segura nem material cientifico que possa ratificar as informações para consumo dessa fruta, tendo em vista a complexidade da taxomonia.

sábado, 21 de agosto de 2010

ABRICÓ (Damasqueiro)



Prunus armeniaca

Familia: Rosácea

Genero: Prunus

Taxonomicamente, algumas frutas apresentam uma variedade de nomes populares, é o caso do Abricó. Merece atenção, pois são plantas (frutíferas) com gêneros e famílias diferentes, comestíveis ou não. O que vamos descrever e dar destaque e o da família Rosácea. Antes faremos breve descrição de outras, com o mesmo cognome.
- Abricó-de-macaco (Couroupita guianensis Aubl); Familia: Lecythidaceae: Genero: Couroupita, e tem um dos nomes populares, como coité ou cuité-bravo. Considerado ornamental, muito presente em parques e jardins. De origem tropical, presente a Amazônia. Não comestível.
- Abricó-do-Pará (Mammea americana), Família Clusiaceae,: Genero: Calophilleae. Natural da Amazônia, presente nas Antilhas e México. O fruto bem maduro é agradável, e a amêndoa é anti-helmíntica.
- Abricó-da-praia (Mimusopsis coriacea (A. DC.) Miq.), Familia: Sapotaceae: Genero: Mimusopsis, comestível in natura, alguns autores a apresenta com propriedades medicinais.
O abricó, fruta do damasqueiro (Prunus armeniaca, Sin. A.vulgaris), segundo autores a origem provável é a Arménia, onde foi muito cultivada, daí o nome Armeniaca. Outros colocam dúvidas do seu habitat original que são o norte da China e região do Himalaia. Da Familia: Rosácea; Genero: Prunus, é mundialmente conhecido como damasco.
Erroneamente, chamado também de pêssego, que é uma espécie da mesma família e gênero, mais se diferencia pelo subgênero, donde falaremos mais tarde.
O damasco, que para nós é o abricó, tem bom sabor in natura quando maduro, no Brasil o seu maior consumo são em forma de passas ou doces e são importados, quando na época. A apreciação dessa fruta vem desde 2.000 anos a.C na China. É uma fruta considerada exótica e rara em nosso país, mais é possível comprar fresco em mercados centrais especializados. Cultivada em vários países, com inúmeros híbridos e variedades, principalmente devido a rigidez e valor da madeira e pelos belos frutos.
Não entraremos no foco da fisiologia vegetal desse exemplar, por ser complexa e extensa e não encontramos outras literaturas para nos aprofundar, se não, no acervo da Biblioteca Nacional, o livro citado a baixo onde fizemos breve consulta.
* Manuel Agustí (sic) Fonfria, et al - Ameixa, cereja, damasco e pêssego: técnicas avançadas de desbaste, anelamento e fitorreguladores na produção de frutos de primeira qualidade , Editor e tradutor: Ivo Manica. - Imprenta: Porto Alegre: Cinco continentes, 1999.

sábado, 14 de agosto de 2010

ABIURANA (Pouteria bullata)

São poucas referencias sobre as características desse fruto, que é do mesmo gênero do Abiu.
O Abiurana (Pouteria bullata), fruta rara e se diferencia apenas no formato, é esférica, apresentando uma ponta e são pubescentes (coberto de pelos); o Pouteria bullata é uma espécie de planta originalmente nativa da região amazônica, segundo alguns estudos está ameaçado por perda de habitat. As flores são pequeninas, e aparecem nos ramos desnudados abaixo das folhas. A árvore é raramente ou nunca cultivada em pomares. Há relatos de espécie parecida, onde são encontrados no Cerrado brasileiro.
Não temos fotos para apresentar aqui neste pouts, na internet, existem alguns exemplares, no entanto, não são de fontes seguras e seus autores não autorizam a reprodução.

domingo, 8 de agosto de 2010

ABIU (Pouteria caimito)

Pouteria caimito
Lucuma caimito (Ruiz & Pav.) Roem & Schult
Família: Sapotaceae
Genero: Pouteria
Espécie: P. caimito

“Fruta com ponta” é o que significa na língua tupi-guarani, o Abiu, típico da região amazônica, arvore frondosa que freqüentemente pode chegar a 20 metros de altura, com folhas lisas e brilhantes, onde em algumas regiões do Brasil, o abieiro pode produzir até 1.000 frutas. Erroneamente, alguns autores o classificam como originário do Perú, no entanto, são frutos parecidos e de outros gêneros, como nomes populares de quixaxá ou tutiribá.
Com muitos sinônimos botânicos tais, como: Pouteria lasiocarpa (Mart.) Radlk; Pouteria laurifolia (Gomes) Radlk; Pouteria leucophaea Baehni; Pouteria temare (Kunth) Aubrév; Richardella temare (Kunth) Pierre, e muitos outros. Outras variedades ocorrem em países da America do Sul (Bolívia, Colômbia, Venezuela, Equador, Peru e Guianas), e da América Central (Costa Rica, Nicarágua e Panamá).
Quando maduro, tem forma ovóide ou esférica, coloração amarela, casca lisa, apresentando látex leitoso que coagula em contato com ar. Outra variedade exótica é o Abiu roxo (Chrysophyllum caimito), de origem da América Central e Antilhas, incluindo o Haiti e Cuba, mais ocorrem também em algumas regiões do Brasil. De mesma cor "aroxeada" a espécie Chrysophyllum paranaense, é nativo do Brasil e de frutos também deliciosos, porém menores e esféricos de casca muito fina.
Apesar de todas as suas excelências e qualidades, o abieiro permanece, no Brasil, como árvore frutífera exclusivamente de quintal e de pomares não-comerciais, para se ter uma idéia, apenas 14 toneladas foram comercializada num período de dez anos (2000 a julho de 2010), números das centrais Rio/São Paulo. Uma das hipóteses para o seu baixo consumo comercial, ou seja, a fruta deve ser consumida quando estiver bem madura e amarela; se ainda, não estiver totalmente madura, a casca solta um líquido branco, viscoso, que logo prende aos lábios, dando uma reação muito desagradável e sua característica é sua maturação ainda na arvore e apresenta aspecto feio, com pequenas manchas escuras, que comercialmente não é atrativo.





sábado, 7 de agosto de 2010

ABACATE (Persea america L.)


(Persea americana L.) Mill.

Sin.(Laurus persea) – (Persea gratissima Gaer)

Família: Lauraceae

Gênero: Persea

Curiosamente para alguns, o abacateiro é considerado legume, sendo consumido como salada, sopa e sob a forma de conserva. Logicamente aqui no Brasil, não temos esse costume. Nativo da América Central, o México é o maior produtor, e seu consumo como alimento varia de acordo com a cultura local ou região. No Brasil, Indonésia, Vietnã e sul da Índia, o abacate é frequentemente consumido batido (amassado) e, ocasionalmente, adicionado ao sorvete e outras sobremesas e na Indonésia é feita uma bebida com açúcar, leite ou água e purê.
Existem diferentes tipos de cultivares, sendo o México, o centro de origem e diversidade da espécie, como exemplo o Persea gratissima Gaer. (conhecido como Avocado) que é da variedade “Hass”, que tem a casca negra e rugosa.
Há relatos sobre a origem dessa fruta a pelos menos 10 mil anos a.C e o mais antigo conhecido escrito do abacate na Europa são de Martín Fernández de Enciso (1518/1519). A planta foi introduzida na Indonésia em 1750, Brasil em 1809 e África do Sul e Austrália no final do século XIX, daí espalhando-se por países tropicais.
Com cerca de 50 gêneros, sendo Persea o subgênero do abacate. O abacateiro comercial é pertencente a três espécies e variedades, que caracterizam em três: Mexicana - Persea americana var. drymifolia; a Antilhana - P. americana var. americana, e Guatemalense ou Guatemalteca - P. nubigena var. guatemalensis.
A sua comercialização é espantosa em termos de toneladas comercializadas. Nas centrais de abastecimento de São Paulo, comercializou-se 5.351,346.0 e no Rio de Janeiro, 1.079,914.0 toneladas no ano de 2009. Não há dúvidas sobre os benefícios dessa fruta, para a saúde, além de sua importância em outras áreas, como a indústria de cosméticos.
Composição por 100 g, por cada fruta pode chegar á 162 calorias, 13 mg de cálcio, 47 mg de fósforo, 0,07 mg de ferro, 0,07 mg de vitamina B1, 0,24 mg de vitamina B2 e 12 mg de vitamina C.







terça-feira, 27 de julho de 2010

ABACAXI (Ananas comosus L..)


(Ananas comosus L.) Merr.
Sin. (Ananas sativus, Schult,)
Família: Bromeliaceae
Subfamília: Bromelioideae
Gênero: Ananas

Não se sabe ao certo a origem do Abacaxi (Sin. Ananas sativus, Schult), historiadores relatam a sua provável origem das Pequenas Antilhas (Guadalupe). Outra informação é de que o navegador Cristovão Colombo já o apreciava em suas navegações (1493), com descobrimento do fruto dos abacaxizeiros selvagens lá existentes, e que poderia fazer parte, a partir daí, o complemento alimentar dos marinheiros.
Considerado símbolo da hospitalidade pelos povos antigos, do qual colocavam um Abacaxi do lado de fora de suas casas, para sinalizar aos visitantes de que eram bem vindos. Documentado como espécie já no início do século XIX, o Abacaxi, chamado por indígenas tupís , como “ibá” ou “ibacati”, que quer dizer: fruta cheirosa ou fedorenta. Pela sua taxonomia vegetal (sinônimos botânicos) muito se confunde com outro do mesmo gênero, como o Ananás (Ananas ananas, Schult. & Schult). O abacaxi (Ananas sativus, Schult, var. pyramidalis Bert.), segundo os autores Eurico Teixeira, em: Frutas do Brasil - e Renato Braga em: Plantas do Nordeste, Especialmente do Ceará, citados por Pimentel Gomes em Fruticultura brasileira, esclarecem que embora parecidos, são inconfundíveis. Simplificando, que o Abacaxi tem forma cilíndrico-cônico e na extremidade superior tem casca amarela. A polpa é levemente macia, amarelada e doce. Quase não ácido, diferentemente do Ananás, que falaremos mais tarde em outro post.
Existem muitas espécies e variedades selvagens de abacaxis, tais como: Ananas ananassoides, var. nanus (ananaí-da-amazônia); var. typicus (ananás-do-campo); A. bracteatus, var. albus (ananás-branco-do-mato) e var. rudis (ananás-vermelho-do-mato) que merecem atenção para quem estuda as espécies, pois, a taxonomia do gênero Ananas é complexa.
“Ao lado das qualidades organolépticas que levam o Abacaxi á categoria de rei das frutas e o fazem universalmente conhecido, há o seu valor dietético, comparável ao das melhores frutas tropicais” (BRAGA). Abundante em açúcar se ainda amadurecido na planta. Muito rico em açucares (75% peso fresco), em sais minerais (cálcio, fósforo, magnésio, potássio, sódio, cobre, iodo) em vitaminas (C, A, B1, B2, Niacina); 100 g de polpa contêm 52 calorias; a enzima bromelina, portanto, tem altíssimo valor alimentar. Excede a laranja em ferro (Fe) e é quatro vezes mais rico em cálcio (Ca) do que o trigo integral.
O amadurecimento é sinalizado, quando as folhas da coroa se soltam com facilidade. As cultivares mais conhecidas no Brasil são: Pérola ou Branco de Pernambuco, Smooth Cayenne e Jupi. A Smooth Cayenne só tem espinhos nas extremidades das folhas.

Fontes:
BRAGA RENATO – Plantas do Nordeste, Especialmente do Ceará – Centro de Divulgação Universitária – Fortaleza, Brasil;

FILGUEIRAS, H.A.C.; MOURA, C.F.H.; ALVES. R.E. Caracterização de frutas nativas da América Latina. Jaboticabal: Funep, 2000. (Série Frutas Nativas);
FELIPPE, G. M. Frutas – Sabor á primeira dentada, São Paulo/SP – Editora SENAC. 2007;
GOMES, R. PIMENTEL - Fruticultura Brasileira, São Paulo/SP – Nobel, 13ª Edição, 1972 - Reimpressão 2007;
SHANLEY, P; MEDINA, G. - Frutíferas e Plantas Úteis na Vida Amazônica - CIFOR, Imazon, 2005
MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR – INPI. Frutas da Amazônia - Acesso em 16/07/2010 - Disponível em: http://www6.inpi.gov.br/frutas_amazonia/frutas.htm
TODA FRUTA. Frutas de A á Z, Informações técnicas - Acesso em 13/07/2010 - Disponível em: http://www.todafruta.com.br/todafruta/institucional.asp?menu=522
AS FRUTAS NA MEDICINAL NATURAL – Edição Vida Plena, Acesso em 12/07/2010 – Disponível em: http://www.agrobyte.com.br/frutas_med.htm
PLANTAS E ERVAS MEDICINAIS E FITOTERÁPICOS – Acesso em 15/06/2010 disponível em: http://www.plantamed.com.br/index.html
SEAGRI (BAHIA) – Culturas Agrícolas – Disponível em: http://www.seagri.ba.gov.br/Produtos.htm   - Acesso em 15/07/2010.



domingo, 25 de julho de 2010

Frutas de A á Z (Origem, classificação botânica e benefícios)

Algumas frutas que serão listadas aqui, não são consideradas "frutas comestíveis in natura". Note que muitos frutos (do ponto de vista biológico) são considerados como legumes na culinária, por exemplo, o tomate (Lycopersicon esculentum) que vai aparece em nossos pouts.
As frutas que serão descritas é na acepção corrente da palavra "frutas" e não na acepção científica, pois o morango (Frangaria vesca), por exemplo, não é considerado como uma fruta na biologia.
Tanto “fruto” quanto “fruta” é termo correto, porém de acordo com o Dicionário Aurélio, "fruto" é um termo botânico que designa um órgão gerado por vegetais que produzem flor, a partir da fecundação e desenvolvimento do ovário. Quanto à fruta, aparece como "designação comum aos frutos e pseudofrutos".
A formação de frutos ocorre nas plantas mais complexas do Reino Metaphyta, que são as Angiospermas. A transformação do ovário em fruto é induzida por hormônios liberados pelos embriões em desenvolvimento. Alguns frutos são formados sem haver polinização das flores, sendo denominados frutos partenocárpicos, como a banana (Musa spp.) que não têm sementes.
As Angiospermaes, nome comum às plantas que contem flores. Constituem a forma de vida vegetal dominante. O elemento mais característico das Angiospermas é a flor, cuja função é assegurar a reprodução da planta mediante a formação de sementes. Estas são formadas a partir de um óvulo envolvido por um ovário que, conforme cresce a semente fecundada, se desenvolve até converter em fruto. As Angiospermas dividem-se em duas classes: Magnoliopisida e Liliopsida, conhecidas como dicotiledônea e monocotiledônea
A cada semana, publicaremos um exemplar em ordem alfabética.

Com-ciência

Enquanto cerca de 1 bilhão de pessoas passam fome pelo mundo (FAO), milhares de toneladas de alimentos são jogadas no lixo todos os dias. Aqui no Brasil, segundo a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), de cada 100 quilos de frutas colhidas no Brasil, 46 não são aproveitados. A quantidade é equivalente a uma perda diária de quinze toneladas de alimentos, que vão para o lixo dentro das Centrais de Abastecimento (CEASAS), e quatorze toneladas que são descartadas nos pontos de venda (supermercados, mercearias, feiras e outros). O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome não tem dados próprios e atualizados em escala nacional. Toda a política da pasta tem sido estabelecida a partir das pesquisas do IBGE, a última delas sobre segurança alimentar publicada em maio de 2006.
Segundo as estimativas da FAO, baseadas em um estudo do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, “a maioria das pessoas subnutridas vive em países em desenvolvimento”. Cerca de 53 milhões de pessoas vão sofrer com a fome neste ano na América Latina e Caribe. O número chega a 642 milhões na Ásia-Pacífico, 265 milhões na África Subsaariana, 42 milhões no Oriente Médio e África do Norte e 15 milhões nos países em desenvolvimento.
O número de subnutridos no mundo passou de 825 milhões no biênio 1995-1997 a 873 milhões de 2004 a 2006. Mas o número caiu de 963 milhões a 915 milhões no ano passado, em função de avanços na distribuição dos alimentos, mas a tendência se reverteu com o agravamento da crise econômica.
Da colheita à comercialização de frutas, verduras e legumes, somente no Brasil, perdem-se o suficiente para alimentar mais de 32 milhões de pessoas, o que - conforme o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) - acabariam com a fome no País. O desperdício já começa no modo como os agricultores armazenam seus produtos, geralmente em caixas de madeira, onde os alimentos ficam suscetíveis a esmagamentos, chuva e poeira. "Recentemente, a Associação Brasileira da Indústria Plástica fez um trabalho e apresentou aos ministérios da Saúde e da Agricultura caixas plásticas com medidas padronizadas para a armazenagem de frutas e verduras. O que foi constatado, que essas caixas quebram menos, gera menos danos aos alimentos e podem ser higienizadas, porém, elas ainda são pouco utilizadas, talvez pelos custos, pois boa parte da produção vem de pequenos produtores da agricultura familiar.
Outro fator que levam ao desperdício são as condições dos veículos nos quais os alimentos são transportados e da precariedade das estradas, bem como os altos valores dos fretes. Assim, muitos alimentos saem do campo em boas condições e chegam a seus destinos batidos, amassados ou mesmo completamente esmagados. Nos supermercados, o desperdício costuma ser de 1,5% a 2% do total de produtos comercializados. Porém, em alguns setores, como nas de frutas, legumes e verduras - 7% dos alimentos acabam indo para o lixo, isso somente no Estado do Paraná, que tem o menor índice. O aumento da insegurança alimentar que aconteceu em 2009 mostra a urgência de encarar as causas profundas da fome com rapidez e eficácia. A atual desaceleração da economia mundial é uma das principais causas do aumento da fome no mundo. Um país que passa fome é o mesmo que joga comida no lixo. Parece exagero, mas na verdade, revela uma face do Brasil que muitos desconhecem e leva a uma importante reflexão, afinal, como pode um país que possui milhões de famintos jogar-se fora diariamente toneladas de comida? O espantoso ainda é saber da existência de uma lei federal que proíbe a doação de alimentos.