Conhecido com vários nomes populares de acordo com a região, tais como: cambaru, cumari, cumarurana, cumbaru, cumaru e cumati.
Cumaru e Cumati merecem atenção, tendo em vista que na classificação botânica se destingue, até mesmo, pelo o formato dos frutos.
O Cumaru que é vagem achatada e quase preta, contendo sementes achatada e rugosa, de cheiro ativo e agradável que são o Torresea cearensis Fr. All. (Amburana Claudii Schw. & Taub., Amburana cearenses A. Smith.), da família das Leguminosas Papilionóideas.
O Cumati é um arbusto de pequeno porte – Psidium albidum Cam., da família das Mirtáceas (a mesma das goiabas), que nada tem haver com o Baru.
O Cumaru verdadeiro é o Dipteryx odorata Willd. Do Nordeste e Centro do Brasil e Argentina. Conhecido também por Imburana de Cheiro, Cumaru de Cheiro ou Cumaru do Ceará.
O Baru (Dipteryx alata), árvore do cerrado brasileiro e está ameaçado de extinção devido a destruição de seu bioma nativo, pela expansão agrícola, desordenado uso da sua excelente madeira, consumo de suas sementes como alimento, além do uso medicinal por algumas comunidades que não fazem a sua única forma de propagação.
Presente também na Mata Atlântica, ocorre nos estados de Minas Gerais (Triângulo Mineiro), São Paulo (norte do estado), Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, onde tambem tem outros nomes: barujo, bugueiro, castanha de bugre, feijão-barú e pau-cumaru.
A árvore é perenifólia, heliófita de terrenos secos. Sua dispersão é irregular. Ocorre na Bolívia, Paraguai e Peru. Com madeira resistente a árvore, pode ultrapassar até 25 metros de altura, tronco podendo atingir 70 cm de diâmetro, copa densa e arredondada.
O fruto é um legume lenhoso, castanho com uma única amêndoa comestível que amadurece de setembro a outubro.
As sementes muito apreciadas cozidas ou como geléia, por ser nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. Animais silvestres consomem a polpa aromática do fruto. O baru vem se destacando em projetos eco-extrativistas no estado de Goiás
Árvore de crescimento rápido é cultivada por sementes. O óleo extraído da amêndoa é de excelente qualidade e costuma ser utilizado pelas populações tradicionais, como antirreumático. Apesar de todas as suas qualidades, o baru não é ainda comercializado, sendo muito raro encontrá-lo nas feiras das cidades.
As qualidades do baruzeiro vêm sendo pesquisadas desde1980 por orgão de extensão rural pelas suas propriedades relevante e por ser uma planta de interesse em empresas de projetos de reflorestamentos.
NOTA – Na relação dos nomes científicos citados no excelente livro de J. G. Duque – Solo e Água no Polígono das Secas (pág. 90, 216), o cumaru é determinado como Coumarouna odorata Aubl., classificação que cabe também, ao Cumaru Verdadeiro, cujas sementes são conhecidas por fava de cumaru ou fava de Tonka.
Fonte da foto: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/baru/baru.php
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