A complexidade taxinômica e a morfológica dessa fruta, exige maior atenção na leitura para entender e executar trabalhos estudantis, pois é a fruta com grupos genômicos que estabelecem as variedades e que agrupam cultivares de características semelhantes, tais como, nas bananas comestíveis e, podemos encontrar combinações de genótipos: Diploíde - AA e BB; Triploíde – AAA e BBB e Tretaploíde - AAAA e BBBB.
As características das principais cultivares comestíveis são as AAB, ABB e BBA.
As diferenciadas são AAAB, AABB e BBBA. Nessas cultivares destacam-se as comerciais que são híbridos de duas espécies de genoma AA e genoma AB.
Na classificação botânica, eram cinco seções (Ingentimusa, Australimusa, Callimusa, Musa e Rhodochlamys), no entanto, em 2002 foram reduzidas a três. Outra classificação faz referencia apenas a quatro seções: Australimusa, Callimusa, Rhodochlamys e Eumusa. Anteriormente, as espécies com 2n = 20 cromossomas estavam separadas nas seções Australimusa e Callimusa, enquanto que as espécies com 2n = 22 cromossomas estavam distribuídas pelas seções Musa e Rhodochlamys. Carol Wong e outros, em pesquisas, revelaram que as diferenças genéticas entre cada seção do mesmo grupo cromossômico são menores que as identificadas dentro de cada seção.
Do complexo estudo cientifico, a seção Eumusa está às bananeiras com 11 cromossomos (n=11), apresentando cachos e "umbigos" (inflorescência masculina) horizontais ou cadentes, seiva leitosa ou aguada; nesta seção localizam-se as bananas comestíveis com valor comercial, incluindo ai, a Musa acuminata e a Musa balbisiana.
Apesar de comumente ser encontrada em “qualquer lugar”, nos mais variados tipos de solos, a bananeira desenvolve-se plenamente entre os paralelos 30o N e 30o S, numa faixa de temperatura, entre 10o C – 30o C, tanto do nível do mar, quanto a alturas de 1,500 metros. A bananeira não se desenvolve em solos encharcados ou pedregosos. Os solos arenosos não são também adequados, pois retém pouca umidade, além de favorecer a presença de nematódeos e o tombamento da planta.
A temperatura média ideal para a cultura é em torno de 25o C, isso comercialmente, pois abaixo de 16o C a atividade da planta cessa, não havendo lançamento de folhas novas, o que acarreta o alongamento do ciclo.
Espalham-se por todas as regiões tropicais e subtropicais do globo. O centro de origem da maior parte das variedades é a Ásia Tropical, com centros secundários na África e ilhas do oceano Pacífico. Para autores (pesquisadores) são “filhas” de duas espécies selvagens Musa acuminata (AA) e Musa balbisiana (AB). Portanto, é a fruta tropical de maior produção no mundo e figura entre as frutas mais comercializadas no mercado internacional.
No Brasil estão totalmente incorporadas à paisagem, emboramente a produção apresenta grandes contrastes entre regiões de pequenos produtores, incluindo-se ai, comunidades tradicionais, que vão desde o simples extrativismo até áreas da mais alta tecnologia. A demanda por padrões de qualidade e normas de classificação veio de regiões mais tecnificadas. As normas de classificação são a base para a modernização da comercialização e da transparência nas relações comerciais. Nesse contexto, exige do produtor maior atenção, tendo em vista, a cultura ser sensível aos efeitos de fatores edafoclimáticos, como: geada, frio, ventos e umidade do solo e do ar e também, por um grande número de ataques de doenças. De maneira geral, o nível tecnológico, segundo autores, ainda é baixo, contribuindo com incidência elevada de problemas fitossanitários
É segundo fruto mais produzido e consumido no Brasil, segundo país no ranking da produção mundial. A maior parte da produção provém do Sudeste do país, onde é produzido 32,8% do volume total nacional, seguido das Regiões Norte (20,9%), Sul (8,6%) e Centro-Oeste (10,7%). Ao todo, a área plantada é de cerca de 520.000 ha. Em termos gerais, ainda que as condições naturais permitam uma produção de alta qualidade, existe baixa eficiência na produção e no manejo pós-colheita.
Existem doenças de ocorrências generalizadas em todas as regiões do mundo (fúngicas e bacterianas), tais como: Mal-do-panamá, Sigatoca-amarela, Sigatoca-negra, Moko, Podridão-mole e viroses. Estas doenças provocam perdas elevadas na produção ou até mesmo, a destruição total do bananal. Dependendo da região, a orientação técnica é muito importante para a implantação de cultivares resistentes.
Para especialistas, a cultivar Cavendishii (grupo AAA) é inviável para cultivo em larga escala, isso para os próximos 20 anos, mesmo que ainda não esteja propriamente em perigo de extinção. Apesar da sua popularidade nos mercados europeus e americanos, a Cavendish, como a maioria das bananas, não apresenta qualquer diversidade genética (reprodução assexuada), o que a torna particularmente vulnerável a doenças que ameaça a agricultura de subsistência.
Ainda que as espécies selvagens apresentem numerosas sementes, quase todas as variedades de banana utilizadas na alimentação humana não têm sementes. Cada banana pesa, em média, 125g, com composição de 75% de água e 25% de matéria seca. São fonte apreciável de vitamina A, vitamina C, fibras e potássio.
Exemplos de cultivares comestíveis no Brasil
Grupo genômico AA: Ouro
Grupo genômico AAA: Nanica, nanicão e caipira e Cavendish anã.
Grupo genômico AAB: Prata, Pacovan, Prata-anã, maçã, mysore, terra, D’angola, FHIA 18;
Grupo genômico AAAB: Pioneira, FHIA 01, prata caprichosa, Japira e Pacovan ken.
Em 2005, a Índia liderou a produção mundial, representando cerca de 23% da produtividade mundial - sendo a maioria no consumo interno. Os países que mais exportam são o Equador, a Costa Rica, as Filipinas e a Colômbia, que somam cerca de dois terços das exportações mundiais, exportando cada um mais de um milhão de toneladas.
O cultivo pelo Homem teve início a pelo menos a 8000 a.C e torna a Ásia o berço do cultivo de bananas, por isso, se confirma a sua origem.