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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

ARATICUM - (Annona crassiflora, Mart).


O Araticum ou Marolo é um fruto integrante dentre as de 2300 espécies da família Annonaceae, dos 130 gêneros. Segundo Pio Corrêa, a primeira muda desta espécie foi plantada no Brasil pelo Conde de Miranda, na Bahia no ano de 1626. Seu nome popular é derivado do tupi, podendo significar árvore de fibra rígida e dura, fruto do céu, saboroso, ou ainda fruto mole. Para alguns é arvore típica do Cerrado e parecido com uma pinha (A. curiacea) ou fruta-do-conde (A. squamosa), porém de casca mais dura. Quanto a sua origem das Antilhas, para a maioria dos pesquisadores, não é duvidosa, no entanto, as versões se confundem, e consta ainda, que em 1811 um agrônomo francês introduziu a primeira muda no Rio de Janeiro, a pedido do Rei D. João VI.
Estima-se, também, que algumas variedades silvestres da fruta são originárias das Antilhas e deslocaram-se até atingirem a região amazônica, transformando-se em espécies subespontâneas antes mesmo da chegada dos europeus.
Ainda no século XVI, à medida que os homens europeus foram conquistando as novas terras e que se embrenhavam no continente americano, encontraram outras variedades de frutas similares. Muito parecidas entre si, segundo Clara Inês Olaya, essas frutas foram designadas pelos conquistadores pelo mesmo nome anôn, sem se respeitarem e nem reconhecerem as diferentes denominações que os povos indígenas já lhes atribuíam. E possível imaginar que fatos semelhantes tenham ocorrido com vários dos araticuns brasileiros, daí a sua afirmação de ser fruta típica do Cerrado brasileiro.
Entre as frutas consideradas exóticas e que não se transformaram em espécies cultivadas em grandes pomares, o araticum é uma fruta das que apresenta o maior índice de aproveitamento culinário. Além do consumo in natura, inúmeras receitas de doces e bebidas levam o sabor seu perfumado, incluido ainda, na medicina das populações tradicionais, como as da Chapada dos Veadeiros, Goiás, por exemplo, que acreditam ser bom como regulador de menstruação, para reumatismo, feridas, úlceras, câncer de pele, fraqueza no sistema digestório, cólicas e contra diarreia.